Se você tivesse milhões sobrando na conta, quanto estaria disposto a pagar por um carro de Fórmula 1? Esses veículos, que representam o ápice da engenharia automotiva e do desempenho em pista, são verdadeiras obras de arte tecnológicas. Mas afinal, quanto custa um carro de F1?
Atualmente, o custo médio de um carro de Fórmula 1 pode variar entre US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 30,4 milhões) e US$ 20 milhões (mais de R$ 120 milhões), dependendo da equipe e das especificações do modelo. Esse valor engloba os materiais de ponta e a tecnologia envolvidos, e a dedicação de engenheiros e pilotos para alcançar o máximo de performance.
Neste artigo, você vai saber qual é o preço de cada componente dos carros, e conhecer curiosidades sobre modelos históricos e veículos inspirados na Fórmula 1. Prepare-se para descobrir por que o preço de um carro de Fórmula 1 é tão exorbitante.
Qual o valor de um carro de Fórmula 1?
Atualmente, o preço de um carro de F1 pode variar entre US$ 5 milhões e US$ 20 milhões. Esses valores somam os componentes, materiais e também os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica em cada veículo.
Entre os exemplos de destaque, temos a Mercedes, cujo modelo típico de Fórmula 1 custa cerca de US$ 12 milhões (mais de R$ 60 milhões). Já um levantamento realizado pela Fórmula Addict mostrou que apenas os principais componentes de um carro, como o motor, chassi e asas, somam mais de US$ 12,1 milhões (cerca de R$ 63,5 milhões).
Apesar dos custos exorbitantes, o cenário mudou com a introdução do teto orçamentário na Fórmula 1. Antes de 2021, equipes de ponta chegavam a gastar até US$ 400 milhões por temporada no desenvolvimento e construção de seus carros.
No entanto, para promover maior equilíbrio entre as equipes, a FIA implementou um limite de gastos, reduzido para US$ 145 milhões em 2021 e, atualmente, fixado em US$ 135 milhões (R$ 820 milhões). A FIA já anunciou que o valor será modificado a partir de 2026.
Esse teto, apesar de necessário para nivelar o grid e dar chance às equipes menores de competirem, trouxe desafios. Equipes de menor porte precisam ser criativas para alcançar os mesmos padrões de desempenho sem os mesmos recursos financeiros. Por outro lado, times como Ferrari (favorita ao título de 2024 nas apostas em Fórmula 1), Mercedes e Red Bull, com mais estrutura, continuam aproveitando melhor cada dólar investido, mesmo com as limitações impostas.
Preço dos carros de F1: quanto custa cada peça?
Para entender o custo total de um carro de Fórmula 1, precisamos pesquisar os preços dos principais componentes do veículo. Cada parte não só tem um impacto direto no desempenho, mas também na segurança dos pilotos. A seguir, veja os preços de algumas dessas peças.
Motor – US$ 10,5 milhões (aproximadamente R$ 64 milhões)
O motor é, sem dúvida, a peça mais cara de um carro de Fórmula 1. Um motor turbo V6 de 1,6 litro, utilizado em grande parte dos carros modernos, custa cerca de US$ 10,5 milhões.
Fundamental para o desempenho dos carros, o motor de F1 também precisa suportar as exigências extremas das corridas. As equipes podem usar três motores por temporada, com o risco de penalidades se forem necessárias trocas extras.
Chassi – US$ 700.000 (aproximadamente R$ 4,2 milhões)
O chassi é o um dos componentes mais caros dos carros de Fórmula 1. Fabricado principalmente com materiais como fibra de carbono, o chassi custa cerca de US$ 700.000.
Sua principal função é garantir a resistência e a rigidez necessárias para suportar as forças extremas durante a corrida, além da absorção de impactos de forma segura.
Asas dianteira e traseira – US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,5 milhão)
As asas dianteira e traseira são essenciais para a aerodinâmica e a estabilidade dos carros de F1. O custo das duas asas pode chegar a US$ 250.000, já que elas são projetadas para cada equipe de forma personalizada.
Essas peças geram o chamado downforce, que permite que o carro se mantenha colado ao chão nas altas velocidades, além de controlar o fluxo de ar e reduzir o arrasto.
Volante – US$ 50.000 (aproximadamente R$ 304.000)
O volante de um carro de F1 não serve apenas para que o piloto controle a direção do carro. Ele também funciona como centro de controle para o corredor, e conta com mais de 20 botões e controles que monitoram e ajustam o desempenho do carro em tempo real.
Com um custo aproximado de US$ 50.000, o volante exibe informações sobre o desempenho do motor, pneus e sistemas de aerodinâmica, para que o piloto tome decisões rápidas durante a corrida.
Pneus – US$ 2.700 por conjunto (aproximadamente R$ 16.400)
Os pneus têm um impacto alto nos custos das equipes de Fórmula 1. Cada conjunto de 4 pneus custa cerca de US$ 2.700. Durante um fim de semana de corrida, cada equipe utiliza entre 13 a 14 conjuntos de pneus por piloto, dependendo das condições da pista e da estratégia adotada.
Diante destes valores, o custo com pneus pode chegar a mais de US$ 35.000 por piloto em cada corrida. A Pirelli, fornecedora exclusiva de pneus da F1, organiza pacotes anuais para as equipes, sem custos adicionais a cada evento.
The FIA World Motor Sport Council has approved a refined version of the 2026 FIA Formula 1 concept. #FIA #F1 pic.twitter.com/Epn7kfdbgC
— FIA (@fia) December 12, 2024
Custos invisíveis dos carros de F1: o que não vemos
Além dos componentes principais de um carro de Fórmula 1, que vemos nas pistas, há vários custos “invisíveis”, que não ganham destaque, mas são importantes para o funcionamento dos veículos. Se você gosta de dar seus palpites na F1, é importante estar atento a esses elementos.
Pesquisa e desenvolvimento (P&D)
A engenharia de ponta e a tecnologia são tão importantes quanto o motor ou o volante nos carros de Fórmula 1. Para criar um modelo competitivo, as equipes investem milhões em pesquisa e desenvolvimento todos os anos.
Isso inclui a criação de novos sistemas aerodinâmicos, a melhoria da eficiência do motor e a inovação no design de componentes. A estimativa do mercado é de que cada equipe da Fórmula 1 invista cerca de US$ 100 milhões anuais em P&D.
Manutenção e reparos
Os carros de Fórmula 1 são sujeitos a uma pressão extrema durante as corridas, o que significa que a manutenção e os reparos frequentes são obrigatórios. Cada vez que um carro sofre um acidente ou precisa ser ajustado para melhorar seu desempenho, os custos de reparação aumentam.
Além disso, os componentes precisam ser inspecionados e substituídos regularmente para garantir que o carro continue funcionando da melhor forma possível.
Logística e transporte
A logística e o transporte dos carros pelo mundo também têm um custo alto para as equipes de Fórmula 1. Durante uma temporada, cada montadora viaja para muitos países para disputar corridas, e o transporte de carros, equipamentos e pessoal não é nada barato.
Essa logística para garantir que todos os carros cheguem em perfeito estado e a tempo para cada corrida é complexa, pois conta com elementos como aluguel de aviões de carga, transporte terrestre e a montagem de uma infraestrutura complexa nos circuitos.
Preço dos carros históricos de F1 e suas inspirações modernas
A Fórmula 1 não é apenas sobre os carros que competem na temporada atual, mas também sobre os modelos que marcaram época nas pistas. Alguns desses carros chegam a valores impressionantes no mercado de colecionadores, enquanto outros, inspirados na F1, trazem a tecnologia e o design das pistas para as ruas.
O carro de F1 mais caro da história: a Mercedes W196R de Juan Manuel Fangio
Um dos carros mais icônicos da história da Fórmula 1, a Mercedes W196R, se tornou o mais caro de todos os tempos quando foi leiloado por 19,6 milhões de libras (aproximadamente R$ 150 milhões) em 2013.
1954 Mercedes-Benz W196R Monoposto pic.twitter.com/hqZA8gWNZu
— LienhardBildwerke © ⛽ (@LienhardRacing) July 10, 2016
Esse modelo, pilotado por Juan Manuel Fangio na década de 1950, foi utilizado no título mundial do piloto argentino em 1954. Considerado um dos carros mais avançados da época, o W196R tinha tecnologia inovadora, com sistema de suspensão independente e um motor de 2.5 litros.
Embora carros como o Mercedes W196R estejam fora do alcance da maioria, existem outros modelos antigos de F1 disponíveis para compra, como a BRM P180 de 1972, que pode ser adquirida por cerca de 67 mil libras (aproximadamente R$ 511 mil).
Hipercarros inspirados na F1: Red Bull RB17
A tecnologia da Fórmula 1 também inspira modelos modernos de hipercarros, como o Red Bull RB17. Com um custo de R$ 35 milhões, o RB17 é um exemplo de como a engenharia da F1 se transfere para veículos de rua, com seu motor V10 de 1.200 cv e aerodinâmica avançada.
Criado pelo famoso designer Adrian Newey, o RB17 traz o melhor da F1 para um modelo de rua. Apenas 50 unidades foram produzidas, cada uma personalizável de acordo com o gosto do comprador, mas mantendo a performance do modelo de pista.
Das máquinas que estão na pista hoje àquelas que marcaram história na categoria, o custo de um carro de Fórmula 1 varia muito, mas sempre na casa dos milhões. Agora que você já sabe qual o valor dos carros de F1, pode aproveitar as odds de automobilismo na Novibet para fazer a sua fezinha no próxima temporada.